quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Estudo demonstra o quanto a felicidade interfere na saúde

"Não há tempo, tão curta é a vida, para discussões banais, desculpas, amarguras, tirar satisfações. Só há tempo para amar, e mesmo para isso, é só um instante."  - Mark Twain
 
 
Vale a pena assistir a palestra no TED (sigla em inglês para Tecnologia, Entretenimento, Design) do atual diretor do Estudo sobre o Desenvolvimento Adulto (Study of Adult Development) da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, o psiquiatra americano Robert Waldinger "O que torna uma vida boa? Lições do estudo mais longo sobre a felicidade".
 
O estudo começou em 1938, analisando 700 rapazes, entre estudantes da renomada universidade e moradores de bairros pobres de Boston. A pesquisa acompanhou esses jovens durante toda a vida, monitorando seu estado mental, físico e emocional. O estudo continua agora com mais de mil homens e mulheres, filhos dos participantes originais.
 
Segundo Robert Waldinger, há muitas conclusões deste estudo, mas o fundamental é que o importante para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida é a qualidade dos nossos relacionamentos. E que no caso das pessoas mais satisfeitas em seus relacionamentos, mais conectadas ao outro, seu corpo e cérebro permanecem saudáveis ​​por mais tempo. "Uma relação de qualidade é uma relação em que você se sente seguro, em que você pode ser você mesmo. Claro que nenhum relacionamento é perfeito, mas essas são qualidades que fazem com que a gente floresça". - afirma o pesquisador.
 
 
Já a experiência de solidão  ele afirma ser tóxica. "Pessoas que são mais isoladas do que elas gostariam descobrem que são menos felizes, sua saúde decai precocemente na meia idade, seu cérebro se deteriora mais cedo e vivem vidas mais curtas do que aqueles que não são solitários."
 
Segundo Waldinger, viver no meio de conflitos também é ruim para a nossa saúde. "Casamentos muito conflituosos, por exemplo, sem muito afeto, podem ser muito ruins para a nossa saúde, talvez até pior do que se divorciar. E viver em meio a relações boas e reconfortantes nos protege."
 
"As pessoas que estavam mais satisfeitas em seus relacionamentos aos 50 anos eram mais saudáveis aos 80. E relacionamentos bons e íntimos parecem nos proteger de algumas circunstâncias adversas de envelhecer. Nossos homens e mulheres mais felizes em uma relação relataram, aos 80 anos, que nos dias que tinham mais dor física, seu humor continuava ótimo. Mas as pessoas que estavam em relacionamentos infelizes, nos dias que tinham mais dor física ela era intensificada pela dor emocional."
 
"Relações saudáveis protegem não apenas nossos corpos, mas também nossos cérebros. Estar em um relacionamento íntimo e estável com outra pessoa aos 80 anos é algo protetor, e as pessoas que estão em relacionamentos nos quais sentem que podem contar com outra pessoa em caso de necessidade têm suas memórias preservadas por mais tempo. E as pessoas em relacionamentos nos quais elas sentem que realmente não podem contar com a outra, são as que acabam tendo declínio de memória mais cedo."
 
"E esses relacionamentos bons não têm que ser tranquilos o tempo todo. Alguns de nossos casais octogenários podiam discutir um com o outro dia sim, dia não, mas contanto que sentissem que poderiam contar um com o outro quando as coisas ficavam difíceis, aquelas discussões não prejudicavam suas memórias."
 
"E você? Digamos que esteja com 25, 40 ou 60 anos. Que tal buscar o que os relacionamentos têm a oferecer? Bem, as possibilidades são praticamente infinitas Pode ser algo tão simples quanto trocar o tempo vendo TV por tempo com pessoas ou reviver uma relação antiga fazendo algo novo juntos, longas caminhadas ou encontros à noite. Ou contatar aquele membro da família com quem você não fala há anos porque aquelas brigas de família tão comuns deixam marcas terríveis nas pessoas que guardam rancor."
 
 

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